Blogueiros X Jornalistas

Criar e manter um blog pode ser muito cansativo, mas vale a pena! Ainda mais para os jornalistas, que podem usar o blog para informar e expor opiniões.

Confira quatro itens que são super interessantes a respeito dos blogs:
1. Compartilhamos informações em alta velocidade;
2. Qualquer pessoa no mundo que estiver conectada na Internet pode visitar nossa página;
3. Qualquer pessoa pode também criar um blog, basta aprender;
4. O chefe, editor, repórter (...) é você!

A versão dos blogueiros...
Eles podem ensinar muitas coisas aos jornalistas porque:

- Sabem fazer link. Embora haja importantes exceções, jornalistas habitualmente não sabem. Seja em seus blogs, seja nos portais em que trabalham. O indefectível “Clique Aqui” é um bom exemplo disso.

- Sabem procurar as informações na Internet e conseguem filtrar os sites confiáveis.

- Conseguem ler na Net sem nenhuma dificuldade. Entendem os códigos e as abreviações, como: blz, crtz, 9dads, tc, naum, ;-).....

- Sabem ser pessoais. Os jornalistas estão acostumados a escrever de modo impessoal, principalmente quando se trata de notícias do cotidiano. Já os blogueiros conseguem falar diretamente para você, e deixam claro como eles se posicionam no mundo.

- Estabelecem fortes laços virtuais, mantendo contato através do MSN, ICQ, Orkut, Twitter, salas de bate-papo, pelos próprios blogs, e outros. Esses contatos são interessantes para os jornalistas também, pois podem ser ótimas fontes de informação.

A versão dos jornalistas...
Eles também podem ensinar muitas coisas aos blogueiros porque:

- Apuram os fatos. Um jornalista já está habituado com a ideia de que nem tudo o que dizem pra ele é verdade.

- Sabem ouvir. Não basta reproduzir apenas uma informação, é necessário ouvir as fontes envolvidas, e apurar todas as versões.

- Dizem muito com pouco. Na TV e no rádio, por exemplo, o tempo é limitadíssimo, portanto é preciso saber o essencial em poucas linhas.

- Têm paciência e revisam os textos. Blogueiros podem arrumar o texto depois de pronto, jornalistas não.

- Dominam a Língua Portuguesa.

Considerações finais:
Você não precisa de diploma para ser um blogueiro, para jornalista sim (pelo menos, na teoria).
Porém, não tem como pendurar o diploma no seu blog, ou se der também ninguém vai dar muita atenção para ele. A autoridade de um blog e a de seu editor não se constrói sobre um documento, mas sobre o próprio blog. E isso vale também para a profissão do jornalista. De que adianta um diploma se você não for um bom profissional?

"Os dois mundos não se conhecem. Jornalistas têm uma vaga idéia do que seja um blog e editores de blog têm uma vaga idéia do que seja o jornalismo".
(Alessandro Martins)

Confira o PODCAST da rádio CBN que fala sobre o assunto! Clique aqui!

Referência:
Quero Ter um Blog

Fonte da Imagem:
Blog do Fábio Monteiro

Culpada: Beatriz Ferrete

Culpa do Guto em: Jornalismo de Ideias

Como o assunto é complicado, resolvemos fazer um vídeo-explicativo sobre o Jornalismo de Ideias, afinal, assim fica mais fácil e mais divertido de aprender.

Prontos? Então é só clicar na setinha abaixo, e bom filme!



Fontes das Imagens:
Transparência
Cão agressivo
Flor de Lótus
Banana
Monarquia Francesa
Caravelas
Contato (dedos)
Lâmpada
Bandeira - Império
Independência
Liberdade
Mulher
Outdoor
Máscara do Tempo
Caneta de Pena
Direitos Humanos
Bandeira Francesa
Incêndio

Culpadas:
Vídeo:
Beatriz Ferrete
Texto: Beatriz Ferrete e Camila Oliveira
Revisão: Amanda Pás

Para mostrar serviço!

Os cúmplices do Guto foram às ruas de São Bernardo do Campo nas últimas semanas para conferir se a população sabe o que é o e se confia no Jornalismo de Serviços... Até o professor Roberto, de Tecnologia e Comunicação, opina e nos conta um pouquinho da história do Jornalismo. Confira na video reportagem abaixo!



(Clique no vídeo para expandir)
Trilha sonora: Transmission – Joy Division

Culpados (produção):
Amanda Pás
Beatriz Ferrete
Camila Oliveira
Danilo Martins
Felipe Paparella
Henrique Mathias

Edição de áudio e vídeo: Rejoice Sunshine Strauss
A seguir: Jornalismo de Idéias – Já pensou?

Culpa da Olivetti

(Apesar de fugir do tema, eu precisava de um espaço pra mostrar minha indignação).

Assisti a um vídeo no youtube, sugerido pelo nosso professor de Ciência e Tecnologia, onde Carlos Alberto Schneider, superitendente da CERTI - Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras - afirmou que Jornalismo era independente de Tecnologia e fez uma analogia incrível: comparou uma máquina Olivetti com a Internet.

Quando eu vi a declaração, fiquei pensando que ele até poderia estar certo se comparasse a máquina de escrever com o Word, mas comparou com a Internet, aquele lugar onde você acha o que procura e o que não procura também.

Comecei a navegar pela Web (ou seja, usar a tecnologia a favor do Jornalismo) e descobri que um sem-número de jornalistas pensa como esse homem: eles acham que a profissão nada tem de tecnológica e que é movida pela criatividade e expressividade do profissional

Então, como a realidade é bem diferente disso, eu resolvi escrever algumas utilidades bem simples da tecnologia no jornalismo, vamos lá:

A substituição das máquinas de escrever por computadores- dando a oportunidade para o jornalista salvar seus textos e reutilizá-los - permitiu a agilidade do processo. E partiu de onde? Da tecnologia.

Pra obter informações, um jornalista precisa de fontes. Pra encontrar suas fontes, há algumas opções: 1. Você usa a tecnologia, pega um telefone, liga e se informa; 2. Você usa a tecnologia de novo, pega um carro e vai até a fonte, ou ainda, 3. Você usa a tecnologia, acessa a Internet e procura fontes ou complementos pra ela.

A globalização necessita de cidadãos bem informados e com senso crítico. Para ser tudo isso, é preciso ter acesso aos meios de comunicação. Ai vem as perguntas: Como acontece a transmissão de um programa de Rádio? Como um canal de TV chega aos telespectadores? Como seu computador se conecta a Internet? Através da tecnologia, certo?

Se um jornal criativo e expressivo fica pronto e não tem um meio de locomoção inventado pela tecnologia para levá-lo de um lugar para outro, como ele vai ser lido?

Culpada: Camila Oliveira

Fonte Imagem 1: Clique Aqui!
Fonte Imagem 2: Clique Aqui!

Toque de Astúcia

É possível escrever algo com imparcialidade? A resposta é: IMPOSSÍVEL, a não ser que você esteja escrevendo uma receita de bolo ou um boletim de ocorrência. As notícias devem ir além de simples relatos e relatos simples.
A obrigação de um meio de comunicação e de um profissional da área é informar, isso é óbvio. Porém, nós, jornalistas, mostramos o que está certo, denunciamos o que está errado e também formamos opiniões, certamente transmitindo a nossa visão de mundo.

Não existe jornalismo sem opinião. Isso é utopia. Um texto jornalístico é neutro e imparcial apenas na teoria. Na prática, o modo de compreensão fica impregnado em cada palavra de um texto que se escreve. A verdade nunca é absoluta.

Ao se comparar os prós e os contras, pode se dizer que tratando-se de jornalismo de opinião, obter informação sob o olhar de terceiros é sempre perigoso, pois muitas notícias podem ser tendenciosas, ou prostituídas, como se diz por ai (aquelas escritas por interesses políticos, sociais ou financeiros). Para as notícias tendenciosas, a saída é fazer uma leitura crítica dos textos e procurar diversos meios de comunicação para analisar e balancear tudo que foi obtido. Já para as prostituídas, a solução é a ética, a conhecida “vergonha na cara” mesmo.

Entretanto, o jornalismo opinativo é benéfico à sociedade porque instiga a opinião pública e propõe diferentes posicionamentos perante a vida. Estimula a leitura em demasia para formar pontos de vista próprios e, ao mesmo tempo, favorece a admissão de opiniões alheias.

Então, supondo que você seja realmente honesto: um texto perfeito não se resume a receita de um lead e um desenvolvimento corretos. É aquele que pensa, procura diversas fontes, escolhe a linha que irá seguir, opina e torna-se um ser, como o leitor.

Jornalistas de todo o mundo, ao trabalho. Nossas opiniões podem mudar muitos pensamentos e a mudança de alguns pensamentos pode mudar o mundo. Não se preocupe em agradar a gregos e troianos com suas opiniões, tenha seus fãs e seus críticos, mas, mostre-as.


Música: O Jornal - Erasmo Carlos
Composição: Gilberto Gil
Para escutar a música: Clique aqui!

Um jornal é tão bonito
Um jornal é tão bonito
Tudo escrito, tudo dito
Tudo num fotolito
É tão bonito um jornal
Vigilantes do momento
Senhores do bom jargão
Façam já soprar o vento
Seja em qualquer direção
Que o jornal é a matéria
E o espírito do mundo

Coisa fútil, coisa séria
Todo escrever vagabundo
Um jornal é tão diverso
Um jornal é tão diverso
Tudo impresso, tudo expresso
De outra feita, quando seja
Tudo pelo sucesso
É tão diverso um jornal
Não importa a má notícia

Mas vale a boa versão
Na nota um toque de astúcia
E faça-se a opinião

Desejo editorial
Faça-se sujo o que é limpo
Troque-se o bem pelo mal
Um jornal é tanta gente
Um jornal é tanta gente
Tudo frio, tudo quente
Tudo preso à corrente
É tanta gente um jornal

Um que dita, um que escreve
Um que confessa, um que mente
Um que manda, um que obedece
Um que calcula, um que sente
Um que recebe propina
Um que continua honesto
Um puxa-saco dos fortes
Um que mantém seu protesto
Um que trafica influência
Um que tem opinião
Um jornalista de fato
Um rato de redação
Um jornal é igual ao mundo
Um jornal é igual ao mundo

Tudo certo, tudo incerto
Tudo tão longe e perto
É igual ao mundo um jornal

Culpadas pelo texto: Beatriz Ferrete e Camila Oliveira.
Culpada pela ilustração: Beatriz Ferrete

Fonte da Imagem: Clique aqui!

07 DE ABRIL: DIA DO JORNALISTA

Hoje é dia do jornalista!
Portanto, resolvemos quebrar as regras da periodicidade do blog para postar uma pequena homenagem a todos contadores de histórias. Aqueles que passam horas e horas em uma redação, que apuram, escrevem e editam notícias, que sempre estão prontos para assumir responsabilidades e consequências e, de vez em quando, receber elogios, aqueles que realmente amam o que fazem, pois como já dizia Gabriel García Márquez: "Ninguém que não tenha nascido para isso e esteja disposto a viver só para isso poderá persistir num ofício tão incompensável e voraz..."

E lógico que não poderíamos nos esquecer de homenagear nosso querido Gutenberg, afinal estamos aqui hoje, estudando Jornalismo, mais especificamente a história dele, porque foi o Guto que inventou a prensa, alicerce da nossa futura profissão. Se não fosse ele o que seria de nós? Possivelmente seríamos advogados, professores de Língua Portuguesa, concorrentes do Paulo Coelho ou da Stephanie Meyer.
Seremos eternamente seus cúmplices, mestre.

Parabéns a todos e o nosso (humilde) muito obrigado!

"A ética deve acompanhar sempre o jornalismo, como o zumbido acompanha o besouro." (Gabriel García Márquez)

"Jornalismo é investigação sempre - quer ele resulte na renúncia de um presidente da República ou no fechamento de um buraco de rua que atrapalha o trânsito." (Ricardo Noblat, no livro "Jornalismo é...”)


Fonte da imagem: Braga Blog

Culpada: Beatriz Ferrete
Edição: Amanda Pás

“Os avôs do jornal”- Só pra te sintonizar na história do Jornalismo

A informação sempre foi mais que essencial na vida social. Desde as civilizações pré-tipografia pode se encontrar jornalismo. A curiosidade sempre instigou a transmissão de notícias, exemplo disso, são os trovadores medievais como contadores de história. Aquela preocupação com a narração dos grandes acontecimentos deu origem aos “mutatis mutandis” (hein?!), obras que seriam o que hoje é a nossa reportagem. Os grandes impérios, mesmo sem saber, já usavam o jornalismo, criavam sistemas de informação para ajudar na administração: os mensageiros faziam transmissões “boca-a-boca” ou por escrito. As correspondências privadas que eles trocavam entre si também eram fontes de notícias.

Origens

1. Lá no século 15, uma série de fatos políticos, econômicos e intelectuais fizeram com que as pessoas se interessassem pelas notícias. O Renascimento e depois a Reforma multiplicaram a curiosidade. As grandes descobertas e as trocas comerciais fizeram com que a repassagem de informações fosse cada vez mais importante.

2. Correios postais- serviços postais nos Estados. Primeiramente na França, depois Inglaterra e Roma (se quiser saber a data, consulte o livro. Eu só escrevo o que eu posso guardar na memória ok?)


3. E por Culpa do Guto, o nascimento da Imprensa em Estrasburgo, 1438. A tipografia fez com que os textos se multiplicassem mais rapidamente , acabou com a laboriosa (trabalhosa mesmo) escrita à mão, era a difusão que os antigos “textinhos” nunca poderiam ter. Lembrando que a imprensa periódica só veio depois.

4. As notícias manuscritas – o nome mais conhecido delas é “avvisi” (isso mesmo que você leu), elas eram comercializadas, verdadeiras mercadorias. Os noticiaristas (conhecidos na Itália como “menantis”) organizavam as correspondências para os príncipes e negociantes da época. Os “avvisi” marcaram a Europa no século 16.

5. As folhas volantes impressas: as gazetas – eram editadas em cadernos de 4, 8 ou 16 páginas, às vezes ilustrados com gravuras em madeiras (levíssimos como uma pena). Os assuntos eram festas, batalhas e tudo mais que você imagina que tinha no século 15. Eram vendidos por ambulantes nas grandes cidades (dizem por aí que eles geralmente eram cegos, coitados né?)

6. Os pasquins surgiram mais tarde, representando um novo tipo de folha volante, falavam de catástrofes, crimes sobrenaturais (se o Nardoni tivesse jogado a filha pela janela em 1529 seria capa do Pasquim então).

7. Os libelos (e não libélulas como eu li na primeira vez) – surgiram na época da Reforma e Contra- Reforma, continham polêmicas religiosas e depois políticas. Se esse é o prato principal, imagina a sobremesa. Se pensou censura, acertou em cheio!

Os três aí de cima (pasquim, folha volante e libelo) mostram as funções do jornalismo desde a época de seus avós: a informação sobre os fatos da atualidade, o relato de pequenos eventos do dia-a-dia e a expressão das opiniões.

Os primeiros impressos periódicos foram os almanaques. O primeiro almanaque francês é de 1486. Na Alemanha nasceram as primeiras cronologias regulares: as “Messrelationen” de Michael Von Aitzing (depois de aprender esse nome, minha vida nunca mais será a mesma).

As notícias escritas à mão não desapareceram. Muito pelo contrário, se desenvolveram nos séculos 17 e 18 e os noticiaristas e gazeteiros tiveram uma importância gigantesca, completando os textos impressos.

Gente, o texto acabou. Se vocês acharam ele grande, a culpa não é minha, é Culpa do Guto e dos cúmplices velhinhos dele. Continue lendo o blog e descubra mais sobre a imprensa.

Fontes:
Livro: História da Imprensa/ Autor: P. Albert e F. Terrou
Site: Wikiversidade - História do Jornalismo

Culpada: Camila Oliveira