“Os avôs do jornal”- Só pra te sintonizar na história do Jornalismo

A informação sempre foi mais que essencial na vida social. Desde as civilizações pré-tipografia pode se encontrar jornalismo. A curiosidade sempre instigou a transmissão de notícias, exemplo disso, são os trovadores medievais como contadores de história. Aquela preocupação com a narração dos grandes acontecimentos deu origem aos “mutatis mutandis” (hein?!), obras que seriam o que hoje é a nossa reportagem. Os grandes impérios, mesmo sem saber, já usavam o jornalismo, criavam sistemas de informação para ajudar na administração: os mensageiros faziam transmissões “boca-a-boca” ou por escrito. As correspondências privadas que eles trocavam entre si também eram fontes de notícias.

Origens

1. Lá no século 15, uma série de fatos políticos, econômicos e intelectuais fizeram com que as pessoas se interessassem pelas notícias. O Renascimento e depois a Reforma multiplicaram a curiosidade. As grandes descobertas e as trocas comerciais fizeram com que a repassagem de informações fosse cada vez mais importante.

2. Correios postais- serviços postais nos Estados. Primeiramente na França, depois Inglaterra e Roma (se quiser saber a data, consulte o livro. Eu só escrevo o que eu posso guardar na memória ok?)


3. E por Culpa do Guto, o nascimento da Imprensa em Estrasburgo, 1438. A tipografia fez com que os textos se multiplicassem mais rapidamente , acabou com a laboriosa (trabalhosa mesmo) escrita à mão, era a difusão que os antigos “textinhos” nunca poderiam ter. Lembrando que a imprensa periódica só veio depois.

4. As notícias manuscritas – o nome mais conhecido delas é “avvisi” (isso mesmo que você leu), elas eram comercializadas, verdadeiras mercadorias. Os noticiaristas (conhecidos na Itália como “menantis”) organizavam as correspondências para os príncipes e negociantes da época. Os “avvisi” marcaram a Europa no século 16.

5. As folhas volantes impressas: as gazetas – eram editadas em cadernos de 4, 8 ou 16 páginas, às vezes ilustrados com gravuras em madeiras (levíssimos como uma pena). Os assuntos eram festas, batalhas e tudo mais que você imagina que tinha no século 15. Eram vendidos por ambulantes nas grandes cidades (dizem por aí que eles geralmente eram cegos, coitados né?)

6. Os pasquins surgiram mais tarde, representando um novo tipo de folha volante, falavam de catástrofes, crimes sobrenaturais (se o Nardoni tivesse jogado a filha pela janela em 1529 seria capa do Pasquim então).

7. Os libelos (e não libélulas como eu li na primeira vez) – surgiram na época da Reforma e Contra- Reforma, continham polêmicas religiosas e depois políticas. Se esse é o prato principal, imagina a sobremesa. Se pensou censura, acertou em cheio!

Os três aí de cima (pasquim, folha volante e libelo) mostram as funções do jornalismo desde a época de seus avós: a informação sobre os fatos da atualidade, o relato de pequenos eventos do dia-a-dia e a expressão das opiniões.

Os primeiros impressos periódicos foram os almanaques. O primeiro almanaque francês é de 1486. Na Alemanha nasceram as primeiras cronologias regulares: as “Messrelationen” de Michael Von Aitzing (depois de aprender esse nome, minha vida nunca mais será a mesma).

As notícias escritas à mão não desapareceram. Muito pelo contrário, se desenvolveram nos séculos 17 e 18 e os noticiaristas e gazeteiros tiveram uma importância gigantesca, completando os textos impressos.

Gente, o texto acabou. Se vocês acharam ele grande, a culpa não é minha, é Culpa do Guto e dos cúmplices velhinhos dele. Continue lendo o blog e descubra mais sobre a imprensa.

Fontes:
Livro: História da Imprensa/ Autor: P. Albert e F. Terrou
Site: Wikiversidade - História do Jornalismo

Culpada: Camila Oliveira

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